Nos
escalaram para uma entrega em Caxias do Sul – RS, no primeiro
horário da segunda-feira, dia 07 de dezembro. Para chegarmos em tempo e, principalmente, aproveitarmos o fim de
semana na estrada, saímos cedo na sexta-feira (04/12) para fazer
entregas em Guarulhos e São Paulo e daí seguimos direto para o rumo
de Curitiba.
Trânsito em sampa |
O
trânsito em São Paulo na sexta-feira (04/12) estava especialmente
congestionado, devido às manifestações dos estudantes em vários
pontos da cidade contra a proposta de re-organização do governador
Alckmin que, entre outras coisas, prevê o fechamento de quase uma
centena de escolas. Fomos todo o caminho acompanhando no rádio
notícias que atualizavam as passeatas que se locomoviam por São Paulo.
Próximo ao horário do almoço, quando realizávamos a última
entrega num hospital perto da avenida Paulista, recebemos a notícia vitoriosa de que o governador suspendia provisioramente a
re-organização escolar e propunha, enfim, dialogar a proposta com a
sociedade civil. E ainda, mais tarde, já na rodovia Régis
Bittencourt, a notícia de que caiu o secretário de educação do
estado de São Paulo!
Por
volta das 21 horas da sexta-feira, desembarcamos na casa do Max, em
Piraquara-PR. Passamos o fim de semana com Max, que junto à
sua companheira Ste, nos receberam lindamente numa aconchegante casa no meio
do campo na região metropolitana de Curitiba. Colocamos as conversas
em dia, conhecemos sua casa, seu cultivo de shitakes, brincamos com os gatos e trocamos
ideias sobre nossas vidas.
No
sábado, 05/12, acordamos bem cedinho para tentar pegar o trem que
desce a serra para a cidade de Morretes. Porém, quando chegamos na
estação em Curitiba, haviam acabado os ingressos! Encontramos a
Heloá, que nos acompanharia na viagem frustrada, e decidimos
aproveitar o dia em Curitiba mesmo. Fazia um dia lindo de sol,
diferente dos últimos dias chuvosos. Fomos tomar café no mercado
central, passear no jardim botânico. Encontramos sua irmã, Heloene,
para almoçar comida árabe e tomar cerveja no largo da ordem. Depois
fomos para casa delas descansar e ver um filme (“Whiplash”, que
não deu tempo de terminar de assistir neste dia). Já a noite,
pegamos um ônibus para Quatro Barras, onde Max e Ste nos buscaram,
compramos uma pizza e voltamos para a casa deles, em Piraquara.
Saímos de Curitiba no domingo cedinho, muito agradecidos pela recepção e por ter encontrados amigxs tão queridxs! Seguimos pela BR-116, rumo ao sul. Cruzamos todo o estado de Santa Catarina, passando por Mafra e Lages. Já no Rio Grande do Sul, 20 km depois de Vacaria, nos encontramos em uma bifurcação de duas estradas que dão em Caxias do Sul. Como estávamos com tempo, decidimos descer pela RS-122. Adoramos conhecer caminhos novos, faz parte da beleza da viagem se aventurar fora das estradas federais pedagiadas. A RS-122, que corta a serra gaúcha rumo a Caxias, foi uma dessas belas surpresas! Cruzamos serras, vales, rios... hortências na beira das estradas, encostas cobertas de parreirais, vinículas e colônias italianas.
https://www.youtube.com/watch?v=36XKMNt3cFE
https://www.youtube.com/watch?v=d-TCdVHu3ug
(Alguém sabe nos dizer o que significa a placa que só tem nas estradas gaúchas, escrito "Tachões no eixo a 150m"?)
Chegamos
em Caxias do Sul por volta das 20h30 e fomos procurar hotel e
estacionamento para a Sprinter. Enquanto a Fran verificava um hotel
no centro da cidade, um morador de rua abordou o Tonho e depois de
muita conversa atrapalhada, nos indicou o hotel mais barato da
região... o Tonho agradeceu, tentou encerrar a conversa, mas o rapaz
ainda ficou puxando assunto e pedindo dinheiro pela informação!
Seguimos nossa busca pelas pousadas da cidade, que estavam bem mais
caras do que podíamos pagar. Por fim, acabamos achando o indicado pelo rapaz, Ópera hotel, que, para nossa surpresa, realmente era a mais
barata e ainda apresentava quartos bem razoáveis! Ficamos por lá e
levamos o caminhão em um estacionamento na frente da rodoviária.
Pegamos um taxi (no qual o chofer ficava dentro de uma cabine à prova de assalto!) para procurar o bar Mississipi, local que toca jazz e indicação do nosso amigo Rafa. Fomos na antiga
estação ferroviária, que concentra parte dos bares da cidade, mas
como já era tarde da noite de domingo, estavam todos fechados.
Encontramos um único bar aberto (Pittsburg Bistrô Pub) onde tomamos
um vinho gelado e comemos uma pizza de gorgonzola.
Na
segunda-feira (07/12) cedo, fomos ao local da entrega. Era um
hospital grande, com local para descarga. Apesar de ter que manobrar
o caminhão e descer umas seis caixas com equipamentos bem grandes,
com ajuda da “paleteira”, descarregamos o material sem problema.
O verdadeiro Food Truck |
Paramos
em um posto na saída da cidade para comer o resto da pizza da noite
anterior, de café da manhã.
Para
voltar, seguimos por uma estrada diferente, a BR-116, via principal
que liga Caxias do Sul à Vacaria. Apesar de ser maior e com mais
carros, também é uma estrada linda, cheia de curvas, por entre as serras.
Paramos para comprar produtos coloniais, como vinhos, geleias (chimia, no sul),
chocolates e queijos maturados no vinho.
Durante
a viagem de volta, a transportadora entrou em contato para nós
coletarmos material no outro dia na região metropolitana de Curitiba
e trazer para uma fábrica de cervejas em Jacareí. Chegamos à noite na capital paranaense e conseguimos encontrar um estacionamento
bem próximo à casa da Heloá e Heloene. Ainda deu tempo de
aproveitar a noite com as amigas, comer macarrão e terminar de ver o
filme que havíamos começado na semana anterior!
Na
terça-feira (08/12), chegamos bem cedo no local da coleta em São
José dos Pinhais – PR e carregamos 60 sacos de malte para cerveja.
Seguimos para o centrinho de Piraquara para tomar café da manhã e
esperar que a transportadora nos enviasse o conhecimento de
transporte. Por volta das 11h30, estávamos liberados para seguir
viagem de volta para casa, onde chegamos no final do dia.
Na
viagem anterior, contamos do hábito delicioso de ler livro um para o
outro, enquanto dirigimos. Na estrada para Caxias, um novo e forte
companheiro subiu a bordo da nossa boleia: “O Germinal”, de Émile
Zola.
Destino: Caxias do Sul - RS
Carga: Equipamento hospitalar
Distância percorrida, ida e volta: 2.500 km
que bonito vocês hehehe
ResponderExcluirou que queijo preto é eeeeeeeeesse meu deus