Segunda-feira,
24 de agosto, primeiro dia de trabalho. A missão era entregar a
carga de material hospitalar (4 paletes de chapas de raio-x) em uma
distribuidora em Barueri-SP. Tínhamos que estar na porta do destino
às 8h da manhã.
Para
chegar em Barueri, tem que cruzar a cidade de São Paulo, Marginal
Tietê de ponta a ponta, para pegar, do outro lado, a Rodovia
“ditador” Castelo Branco. Havia um pequeno porém: o rodízio de
carros na capital paulista. Como a placa da Sprinter que íamos
dirigir termina com 1, não poderíamos passar pela Marginal nas
segundas-feira, das 7 às 10h e das 17h às 20h. Uma solução seria
dar a volta pelo Rodoanel, mas que não compensava porque aumentaria
80km (e uma hora) no trajeto. Decidimos então acordar mais cedo,
sair mais cedo e chegar mais cedo no nosso destino, evitando assim imprevistos.
Eram
ainda 4h da manhã, fazia um baita frio, e a gente já estava saindo
da transportadora. O que a gente não esperava era que o vidro do
passageiro estava com problema e uma vez abaixado, não subia de
jeito nenhum! Não teve jeito: fomos e voltamos com aquele vento
gelado da manhã paulista (e o perfume do Tiête) entrando com vontade pela janela do
passageiro...
Não
tinha nem amanhecido o dia e a rodovia Dutra estava lotada de gente
querendo chegar na capital! Engarrafamento antes das 5 horas da
manhã...
Aos
poucos, a própria estrada vai dando fim ao medo e à insegurança...
Com
sucesso cruzamos a cidade de São Paulo. Às 6h estávamos no portão (fechado) do
cliente. Encostamos numa pracinha próxima e dormimos, apertados nos
bancos da Sprinter, até minutos antes das 8h.
Estacionamos
no pátio da distribuidora e esperamos (lendo livros) até as 9h para
sermos chamados.
Manobramos
em meio a outros caminhões, de maneira a entrar de ré no galpão.
Colocamos em prática o aprendizado do manejo da plataforma e meio
sem jeito fomos tirando os 4 paletes com o carrinho. Estava na cara
que éramos calouros ali. Depois de deixar uns paletes, o carrinho
escorregou e desceu desgovernado da plataforma, com toda velocidade e
quase trombou com outras caixas! Além disso, ao chegar lá vimos que
a carga estava misturada e que teríamos que “bater o palete”
(quer dizer separar a carga na mão e montá-la de forma organizada
em outro palete, no chão). Ficamos olhando com cara de paisagem até
entender o que tínhamos que fazer. Para assinar as notas, ficou
claro toda nossa falta de desconhecimento dos procedimentos. Pra
piorar o funcionário da empresa resolveu fazer uma prova oral sobre
o caminhão: qual o ano de fabricação, qual a data da última
revisão, qual a placa? No treinamento não teve nada disso, mas aos
poucos fomos descobrindo tudo que ele perguntava e prometemos estar afiadxs para próxima.
Enfim,
com sucesso, terminávamos nossa entrega por volta das 10h. Já
podíamos cruzar de volta a Marginal Tietê, com aquele gostinho de
vitória.
Destino: Distribuidora em Barueri-SP
Carga: Material hospitalar
Distância percorrida, ida e volta: 230 km
Na terça-feira (25/08) o destino era uma fábrica de cervejas, em Araraquara-SP. Carregar insumos para produzir cerveja, essa é uma carga que dá até gosto de levar!
Antes das 5h da manhã, a nossa Sprinter pegava a Dutra. Além do frio, muita chuva e neblina atrapalhavam a visão, quando entramos na rodovia Dom Pedro I (Por sorte, a janela voltou a subir!).
Na cidade de Americana, paramos para calibrar os pneus e notamos que um deles estava bem mais vazio que os outros... estava vazando ar pelo bico! Analisamos o step e vimos que não dava para confiar. Paramos numa borracharia no fundo de um posto e lá ficamos mais de hora, debaixo de uma chuva impiedosa, arrumando tanto o pneu traseiro quanto o step.
Resolvido o problema, seguimos nossa viagem, rumo à rodovia Anhanguera. Depois de São Carlos, lá estava Araraquara. Não tivemos dificuldades para encontrar a fábrica, que fica bem na entrada da cidade, à beira da estrada.
Às 10h30 demos entrada na nota fiscal e estacionamos a Sprinter. Avisaram que só iam nos chamar depois do almoço. Então fomos dar uma volta no centro de Araraquara, onde encontramos um restaurantezinho por quilo, simples, barato, mas com feijão gostoso e uma polenta frita incrivelmente delícia.
Às 13h30 nos chamaram no alto-falante. Descarregamos sem maiores
problemas, mas sem esconder a falta de intimidade com a paleteira.
Às 14h30, já estávamos na estrada de volta para Jacareí.
Contentes pelo sucesso de mais uma entrega – e por fazer parte da
cadeia de produção da cerveja!
Carga:
Insumo para cerveja
Distância
percorrida, ida e volta: 660 km
Dia 26 de agosto de 2015. Às 08h30 saímos com destino a uma fábrica
de doces na cidade vizinha de Tremembé. A carga era de baldes de
doce de leite e extrato de tomate. Às 10h30 descarregamos.
Naquela tarde fomos carregar material hospitalar na fábrica em São
José dos Campos, para levar no outro dia em um hospital na capital
paulista.
Destino:
Fábrica de doces em Tremembé-SP
Carga:
Doce de leite e extrato de tomate
Distância
percorrida, ida e volta: 140 km
Quinta-feira, 26 de agosto. Às 4h30 saímos rumo a um hospital no
miolo da capital paulista.
A impressão foi a mesma das viagens anteriores: o dia nem tinha
amanhecido e pegamos engarrafamento desde Guarulhos até chegar no
hospital. A impressão que dá é que não cabe tanta gente assim no
mundo.
Essa entrega nos trazia o medo especial de dirigir um caminhão em
pleno centro da cidade de São Paulo. Não tivemos nenhum problema,
mas a tensão é muito maior do que pegar aquele estradão livre pela
frente.
Antes das 6h, já estávamos na porta do hospital. Ganhamos uma
horinha livre, que nos rendeu uma soneca revigorante na boleia. Às 7h descarregamos e não tardou muito em deixarmos para
trás o centro babilônico de Sampa.
Nesse dia, o Tonho ficou em São Paulo, para um curso de viola e a Fran voltou dirigindo sozinha até Jacareí.
Destino:
Hospital em São Paulo-SP
Carga:
Material hospitalar
Distância
percorrida, ida e volta: 180 km
Fizemos ainda alguns pequenos trabalhos. No dia 02 de setembro, à
noite, fomos nós dois como ajudante de outro motorista para auxiliar
na desmontagem de uma feira de produtos veterinários em um parque de
exposições na capital paulista. Lá foi uma dificuldade para entrar
na feira. Não tinha muita organização sobre quem seria o primeiro
a descarregar e o funcionário que cuidava do estacionamento tentava
organizar uma fila por ordem de chegada (que não funcionava muito
bem). Nesse tempo, conseguimos ir jantar. Na volta, ajudamos a
desmontar, guardar, empacotar e carregar o material do stand dos
nossos clientes até saída da feira. Terminamos quando a feira já
estava quase desmontada e só voltamos no fim da noite.
No dia 03 de setembro, a noite, fomos carregar numa fábrica de sucos
em Caçapava. Entretanto, depois de já haver colocado todo a carga
no baú, não foi possível tirar a nota fiscal, pois havia sido
cancelada pelo cliente, e tivemos que devolver toda a carga no
galpão.
Alguns dias dessas semanas não tivemos viagens, assim ficávamos
na transportadora esperando para ver se saia alguma coisa, checando
o caminhão e fazendo alguns trabalhos como buscar alguma coisa para
empresa, “aprender” a dirigir a empilhadeira e ficar conversando
com os outros funcionários sobre assuntos diversos, como: CAMINHÃO!
Boa demais essa ideia! Delicioso de ler! Orgulho desses caminhoneiros!!
ResponderExcluirBjs
Janete
" Encostamos numa pracinha próxima e dormimos, apertados nos bancos da Sprinter, até minutos antes das 8h." - *suas definições de amor foram atualizadas* bonitinhos amados do meu coração! Que bom que tá dando tud certo! Continuem portando que ti lendo tudo! Beijos beijos, Rak
ResponderExcluir" Encostamos numa pracinha próxima e dormimos, apertados nos bancos da Sprinter, até minutos antes das 8h." - *suas definições de amor foram atualizadas* bonitinhos amados do meu coração! Que bom que tá dando tud certo! Continuem portando que ti lendo tudo! Beijos beijos, Rak
ResponderExcluir" Encostamos numa pracinha próxima e dormimos, apertados nos bancos da Sprinter, até minutos antes das 8h." - *suas definições de amor foram atualizadas* bonitinhos amados do meu coração! Que bom que tá dando tud certo! Continuem portando que ti lendo tudo! Beijos beijos, Rak
ResponderExcluirGente, São Carlos! Minha cidade, da minha infância. Meu mundo por essa polenta frita! <3 Traz pra mim?!?! Troco por pamonha! ahaha
ResponderExcluirBeijos seus danadinhos!