Na noite de quinta-feira, 24 de setembro, fomos avisados que no outro dia, pela manhã, deveríamos fazer uma entrega no Rio de Janeiro. De cara já pensamos em passar o fim de semana por lá e assim, mesmo sem saber se poderíamos ficar, arrumamos nossas malinhas (sem esquecer da roupa de banho, lógico!).
Passando pelo Maracanã |
Na sexta-feira saímos às seis horas da manhã. Cruzamos toda rodovia Presidete Dutra, que liga as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro. Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá, Cruzeiro, Queluz, Resende, Volta Redonda...
Um dos caminhões que costumávamos dirigir foi para oficina, para tentar arrumar o defeito que apitava no painel desde que descemos a serra de Santos. Como a entrega no RJ eram 23 caixas, mas todas pequenas, dessa vez fomos numa Fiorino. O ponto positivo é que, por ser um veículo pequeno, poderíamos rodar a vontade na capital carioca. Mesmo assim, a Fiorino também precisa passar na fiscalização entre os estados. A memória da primeira vez que passamos no posto fiscal do Rio de Janeiro foi nos deixando incomodados conforme nos aproximávamos da fronteira. É impressionante como quem não deve nada, acaba temendo, devido à truculência, corrupção e o abuso de poder da polícia… Dessa vez a polícia não nos parou. De todo jeito, estávamos preparados e dessa vez guardamos nossa carteira e celular no bolso.

Acabamos a entrega rápido e mandamos uma mensagem para uma grande amiga que mora no Rio, Laís. Por acaso, ela estava tendo aula no mesmo campus que nós estávamos! Comunicamos a empresa de que a entrega tinha sido realizada com sucesso e perguntamos se havia a possibilidade de voltarmos no domingo. Por sorte, o veículo não é usado no fim de semana e assim pudemos ficar no Rio.

Depois de encontrar com a Laís, deixamos o carro em um estacionamento próximo à casa dela e aproveitamos a cidade. Ainda na sexta, almoçamos em um restaurante indiano na Tijuca, bebemos e comemos deliciosos pastéis no bar do Adão de noite (com Laís e Armando). No sábado, fomos à praia Vermelha, almoçamos e tomamos cervejas na mureta da Urca. À noite, em outro bar na Tijuca, encontramos outrxs amigxs queridxs e que esperamos rever muitas vezes, Bolívar, Sofia e Gabriel.
Um salve para Laís que recebeu a gente na casa dela!
Destino: Hospital Universitário no Rio de Janeiro
Carga: Material hospitalar
Distância percorrida, ida e volta: 750 km
O Rio de Janeiro é realmente lindo, mas também um caos. Curtimos as belezas da zona sul, mas conhecemos também as portas dos fundos de carga e descarga da cidade. Dirigir na região metropolitana do Rio é uma constante e intensa prova à paciência. Nessas poucas viagens que fizemos para lá, aprendemos algumas regras do trânsito carioca:
- Pisca alerta: é tipo um coringa e você pode usá-lo para qualquer coisa. Ou seja, se quiser parar em uma rua movimentada, basta encostar, apertar o pisca e ficar o tempo necessário.
Comprando uma jaca na Serra das Araras |
- Buzina: Use para tudo (principalmente com toques longos). Se o motorista da frente demorou 0,1 segundo para acelerar depois que o sinal abriu, se parou para um idoso atravessar, etc. Só não utilize para o motorista que parou em um lugar irregular e colocou o pisca alerta (se não ligou o pisca, pode buzinar).
- Semáforo: Não faz muita diferença o sinal estar vermelho ou ver. Não importa se é moto, carro, caminhão ou um ônibus repleto de passageiros - todo mundo fura o sinal vermelho. O mais engraçado é que em diversos locais com muitos pedrestres, como na universidade ou em frente aos shoppings, é colocado um agente de trânsito que faz exatamente o mesmo trabalho do semáforo, alertando os motoristas que eles devem parar no sinal vermelho.