terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Existe vida depois do carnaval – Viagens de dezembro e janeiro


     Como todo mundo sabe, o fim de ano é uma correria. Foi difícil trabalhar, escrever no blog e sobreviver às festas natalinas. Por isso, tivemos que abrir mão de algumas coisas e atualizar nossos relatos foi uma delas. Voltamos agora e aproveitamos para fazer um resumo do final de 2015 e início de 2016.
      No fim de 2015 tivemos alguns dias bem corridos, com o trânsito péssimo por causa das festas de fim de ano, vários lugares fechados dificultando as entregas, uma mistura geral de má vontade de trabalhar e exigência para cumprir loucamente as metas do ano. Nesses dias, basicamente fizemos entregas em São Paulo e proximidades, como ABC, Santos, Barueri, Caieiras...





Com muita chuva em Jacareí-SP





A primeira vez na Imigrantes

   





Com muito calor em Santos-SP


Com muito trânsito, na Imigrantes, volta de Santos
 
 

Na semana do natal, o Tonho foi sozinho fazer uma entrega em Goiânia, onde aproveitou para passar o Natal, enquanto a Fran ficou no estado de São Paulo fazendo entregas na grande São Paulo e Campinas. 
 Tem uma diferença grande quando trabalhamos juntes e quando vamos separados, com algum outro ajudante (ou chapa). Não só porque nos sentimos mais à vontade quando viajamos juntes, mas também porque um facilita muito o trabalho do outre, por exemplo, usando o GPS e adiantando as informações, “já vai pegando a pista da direita que ali na frente vai bifurcar” e coisas assim que na correria e no trânsito evitam movimentos bruscos com o caminhão ou errar o caminho – o que em São Paulo pode atrasar significativamente a viagem. Vale lembrar que os chapas trabalham bem, manuseiam o carrinho com habilidade e carregam peso com menos esforço que nós, além de normalmente compartilhar nossos gostos musicais.
     Em uma dessas viagens para São Paulo, a Fran deu carona na Sprinter para nosso amigo de Jacareí, Digu Digu (Rodrigo). Acordamos às cinco e saímos quando ainda estava amanhecendo. Lamentamos um pouco já que em outros tempos a essa hora ainda nem teríamos dormido, mas valeu a parceria e a viagem.

99% homem mas aquele 1% é caminhoneira - Os fiscais de baliza durante entrega em SP    

      Enquanto isso, o Tonho estava subindo a via Anhanguera rumo à Goiânia, em um truck Scania automático. A carga enrolou para ficar pronta e ele acabou saindo atrasado, tocando direto até Uberaba, sem parar, onde descansou algumas horas da madrugada no pátio de um posto. A primeira entrega foi em uma fábrica em Senador Canedo. Em seguida, o Tonho seguiu para o outro cliente, um distribuidor de materiais hospitalares em pleno centro de Goiânia. Para ajudar, ele contratou dois grandes amigos: Alexandre e André Senhori. Os “chapas” trabalharam direitinho e rapidamente descarregaram o caminhão, sob um calor massacrante de dezembro.
     Para o Tonho foi uma sensação maravilhosa a de dirigir um caminhão, desviando de árvores nas ruas apertadas no centro de Goiânia, o lugar mais familiar do mundo para ele. Ele guardou o caminhão num galpão em Aparecida de Goiânia e aproveitou para passar o natal com a família e amigos. No dia 26, entregou parte da mudança do Vinícius que trouxe de Sampa, e voltamos para São Paulo, dando carona para o próprio beiroso do Vincíus e a Ana Cristina, prima da Fran, que passaram o reveião conosco na Serra da Canastra.
Ana Cristina e Vinícius assuntando no caminhão

      O ano de 2016 começou devagar, as entregas diminuíram um pouco e ficamos alguns dias em casa, fazendo de vez em quando algumas viagens curtas na região. Para completar, em meados de janeiro o Tonho ficou doente e teve que se afastar do trabalho por uns quinze dias. Enquanto isso, a Fran trabalhou pouco, fazendo só algumas viagens curtas também no estado de São Paulo e contando com a ajuda dos chapas.
     Nesses dias, a Fran trabalhou na montagem do stand de uma feira de odontologia em São Paulo. A Fran foi de carro com dois ajudantes e mais um motorista - o encarregado principal das montagens de feira - e encontrou no local da feira um outro motorista, que tinha ido de truck e levado os equipamentos para a montagem. A ideia era ir principalmente para entender como funciona a logística da montagem das feiras. Como tinha bastante gente para ajudar, na hora da descarga a Fran ficou operando a plataforma – que consiste apenas em mexer duas alavancas, nada muito complexo. Na volta, a Fran voltou dirigindo o truck até Jacareí, o que foi um tanto complexo, porque ela teve que passar em uns lugares bem apertados na saída da feira.





      Janeiro acabou com uma vontade de “realmente” começar o ano, de voltar ao trabalho com força, de fazer viagens longas e conhecer lugares novos. É nossa expectativa para 2016: o nosso ano de caminhoneiros.

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