Como todo mundo sabe, o fim de ano é uma correria. Foi difícil
trabalhar, escrever no blog e sobreviver às festas natalinas. Por
isso, tivemos que abrir mão de algumas coisas e atualizar nossos
relatos foi uma delas. Voltamos agora e aproveitamos para fazer um
resumo do final de 2015 e início de 2016.
No fim de 2015 tivemos alguns dias bem corridos, com o trânsito
péssimo por causa das festas de fim de ano, vários lugares fechados
dificultando as entregas, uma mistura geral de má vontade de
trabalhar e exigência para cumprir loucamente as metas do ano.
Nesses dias, basicamente fizemos entregas em São Paulo e
proximidades, como ABC, Santos, Barueri, Caieiras...
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Com muita chuva em Jacareí-SP |
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A primeira vez na Imigrantes |
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Com muito calor em Santos-SP |
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Com muito trânsito, na Imigrantes, volta de Santos |
Na semana do natal, o Tonho foi sozinho fazer uma entrega em Goiânia,
onde aproveitou para passar o Natal, enquanto a Fran ficou no estado
de São Paulo fazendo entregas na grande São Paulo e Campinas.
Tem uma diferença grande quando trabalhamos juntes e quando vamos
separados, com algum outro ajudante (ou chapa). Não só porque nos
sentimos mais à vontade quando viajamos juntes, mas também porque
um facilita muito o trabalho do outre, por exemplo, usando o GPS e
adiantando as informações, “já vai pegando a pista da direita
que ali na frente vai bifurcar” e coisas assim que na correria e no
trânsito evitam movimentos bruscos com o caminhão ou errar o
caminho – o que em São Paulo pode atrasar significativamente a
viagem. Vale lembrar que os chapas trabalham bem, manuseiam o
carrinho com habilidade e carregam peso com menos esforço que nós,
além de normalmente compartilhar nossos gostos musicais.
Em uma dessas viagens para São Paulo, a Fran deu carona na Sprinter
para nosso amigo de Jacareí, Digu Digu (Rodrigo). Acordamos às
cinco e saímos quando ainda estava amanhecendo. Lamentamos um pouco
já que em outros tempos a essa hora ainda nem teríamos dormido, mas
valeu a parceria e a viagem.
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99% homem mas aquele 1% é caminhoneira - Os fiscais de baliza durante entrega em SP | | | | |
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Enquanto isso, o Tonho estava subindo a via Anhanguera rumo à
Goiânia, em um truck Scania automático. A carga enrolou para ficar
pronta e ele acabou saindo atrasado, tocando direto até Uberaba, sem
parar, onde descansou algumas horas da madrugada no pátio de um
posto. A primeira entrega foi em uma fábrica em Senador Canedo. Em
seguida, o Tonho seguiu para o outro cliente, um distribuidor de
materiais hospitalares em pleno centro de Goiânia. Para ajudar, ele
contratou dois grandes amigos: Alexandre e André Senhori. Os
“chapas” trabalharam direitinho e rapidamente descarregaram o
caminhão, sob um calor massacrante de dezembro.
Para o Tonho foi uma sensação maravilhosa a de dirigir um caminhão,
desviando de árvores nas ruas apertadas no centro de Goiânia, o
lugar mais familiar do mundo para ele. Ele guardou o caminhão num
galpão em Aparecida de Goiânia e aproveitou para passar o natal com
a família e amigos. No dia 26, entregou parte da mudança do
Vinícius que trouxe de Sampa, e voltamos para São Paulo, dando
carona para o próprio beiroso do Vincíus e a Ana Cristina, prima da
Fran, que passaram o reveião conosco na Serra da Canastra.
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Ana Cristina e Vinícius assuntando no caminhão |
O ano de 2016 começou devagar, as entregas diminuíram um pouco e
ficamos alguns dias em casa, fazendo de vez em quando algumas viagens
curtas na região. Para completar, em meados de janeiro o Tonho ficou
doente e teve que se afastar do trabalho por uns quinze dias.
Enquanto isso, a Fran trabalhou pouco, fazendo só algumas viagens
curtas também no estado de São Paulo e contando com a ajuda dos
chapas.
Nesses dias, a Fran trabalhou na montagem do stand de uma feira de
odontologia em São Paulo. A Fran foi de carro com dois ajudantes e
mais um motorista - o encarregado principal das montagens de feira -
e encontrou no local da feira um outro motorista, que tinha ido de
truck e levado os equipamentos para a montagem. A ideia era ir
principalmente para entender como funciona a logística da montagem
das feiras. Como tinha bastante gente para ajudar, na hora da
descarga a Fran ficou operando a plataforma – que consiste apenas
em mexer duas alavancas, nada muito complexo. Na volta, a Fran voltou
dirigindo o truck até Jacareí, o que foi um tanto complexo, porque
ela teve que passar em uns lugares bem apertados na saída da feira.
Janeiro acabou com uma vontade de “realmente” começar o ano, de
voltar ao trabalho com força, de fazer viagens longas e conhecer
lugares novos. É nossa expectativa para 2016: o nosso ano de
caminhoneiros.