Se
ficamos assustados na primeira vez que entramos na cidade de São
Paulo, hoje cruzar a marginal, nos meter na babilônia e enfrentar
aquele mundaréu de carros e filas, se tornou para nós algo tão
corriqueiro e familiar quanto o cheiro do Tietê. Muitos dos dias de
trabalho que deixamos de postar aqui no blog, foram viagens para
vários pontos da capital paulista.
Na
última semana, entretanto, o trabalho em São Paulo foi intenso. O
frete era fracionado, o que significa que tivemos que fazer uma série
de pequenas entregas em hospitais e distribuidoras de material
hospitalar na região da grande São Paulo. Esse tipo de trabalho é
muito cansativo, porque implica passar grande parte do tempo com o
caminhão em engarrafamentos; a cada entrega é um malabarismo para
encontrar o endereço e estacionar, tratar com porteiros e
encarregados, pensar a logística da descarga, descer as caixas
pesadas na mão, etc. Nessa correria, acabamos sem horário para
tomar café e almoçar. Além disso, para estar na porta do cliente
antes das 8 horas, o despertador tem que tocar 04h30 da madruga.
Tantas
coisas podem sair errado numa entrega, que dá um gostinho de vitória
cada vez que concluímos uma. Cada nota fiscal recebida e assinada é
uma conquista. Na real, o trabalho de motorista tem muito desse
sentimento de missão cumprida.
Na
quarta-feira (07/10), cruzamos São Paulo de cabo a rabo e
amanhecemos em Barueri. Depois, fomos para dois hospitais no centro de Sampa e em seguida entregamos algumas caixas para um cliente em uma
região mais afastada. O GPS nos mandou por um caminho de volta muito
louco, por umas quebradas, cheias de ladeiras, contornando a
Cantareira, fomos sair atrás da Fernão Dias. Já era tarde quando
alcançamos a Dutra e almoçamos num posto.
Voltamos
umas 16h para Jacareí, mas o dia de trabalho ainda estava longe de
terminar. Fomos fazer uma entrega dentro de Jacareí mesmo. Batemos
várias caixas, debaixo de um sol de rachar. Depois fomos fazer
coleta da carga para entregar na quarta-feira e levar parte deste
material para outra empresa de logística em São José dos Campos.
Saindo de lá, o caminhão puxou um fio de telefonia pendurada no
poste! Foi aquela confusão, em frente a um ponto de
ônibus lotado que assistia a nós dois desesperados, com medo de sermos eletrocutados,atrapalhando o trânsito de uma das avenidas mais movimentadas de São José dos
Campos, na hora do rush. Eram quase 21 horas quando conseguimos chegar em casa.
Às
05h da quinta-feira (08/10) já estávamos na estrada, outra vez rumo a Barueri. Depois de fazer a primeira entrega, seguíamos para a
marginal Tietê, quando nos pediram para retornar em Barueri para
fazer uma coleta no mesmo lugar de onde vínhamos. Lá fomos nós,
cruzar de volta a marginal, que aglomerava mais carros conforme o dia
ia passando. De lá, seguimos pelo Rodoanel para um hospital em São
Bernardo dos Campos. Concluídas as entregas de quinta, voltamos pela
rodovia Anchieta até o Rodoanel, e então pela Ayrton Senna até
Jacareí.
Na
sexta-feira (09/10), como eram poucas caixas a ser entregues, nos
pediram para ir na Fiorino. Quando estávamos saindo de Jacareí, o
carro começou a sair fumaça – a ventoinha tinha parado de
funcionar. Trocamos os fusíveis e voltamos para transportadora. Só
tinha um Uno disponível e tivemos que lotar o porta-mala e os bancos
traseiros com as caixas. Apesar de estarmos num veículo menor, a viagem foi bem
cansativa! Pegamos muito trânsito na capital porque era sexta-feira,
véspera de feriado e fazia um calor danado. A primeira entrega foi
em Jabaquara, a segunda em Paraíso. Depois de rodar todo o centro,
pegamos as marginais e o Rodoanel, rumo a terceira entrega, no
município de Caieiras. Para fugir da saída dos paulistanos para o
litoral, resolvemos pegar a estrada que vai para Mairiporã até
Atibaia, onde seguimos pela Dom Pedro e chegamos em cima de Jacareí.
Essa alternativa aumentava 30 km a mais no trajeto, mas valeu muito a pena ter cortado o trânsito
de Guarulhos. Também é um caminho muito bonito, que passa pela
represa do rio Juqueri e nem parece que está tão perto da capital.
Dessa
vez fica difícil fazer o mapa com o caminho exato que fizemos, por
dentro de São Paulo, e calcular a quilometragem. Circulamos só na
região, mas no fim de cada dia dava mais de 400 km rodados! A
correria valeu pela experiência e por conhecer as veias principais
que entram e saem da maior cidade da América do Sul.
Vocês dois são D++++++ Lindos!!! Viva a estada, viva a liberdade...
ResponderExcluirdá um livro.. "As veias fechadas de sampa"
ResponderExcluirVeias estúpidas :P
ExcluirVeias estúpidas :P
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